Uma super câmera fotográfica digital, que será instalada no Observatório Vera Rubin, no Chile, promete ajudar a desvendar algumas das questões mais importantes da astronomia. Para isso, ela conta com um sensor de surpreendentes 3,2 gigapixels, que deve auxiliar os cientistas a compreender a “matéria escura”, relacionada à evolução do nosso planeta.
Um “mapa do céu” será criado pelo observatório, que servirá para a pesquisa de todo o campo de visão durante 10 anos.
A câmera, que está sendo montada no Laboratório Nacional de Aceleração SLAC, na Califórnia (EUA), terá um plano focal de 64 cm de largura, formado por 189 sensores individuais, ou dispositivos de carga acoplada (CCDs).
Como o equipamento ainda não está completamente montado, foi necessário utilizar um “pinhole” para projetar as imagens.
Segundo o diretor do observatório, Steve Kahn, para a BBC News, para completar este levantamento do céu será necessário uma grande câmera e um grande telescópio.
“Esta câmera de três bilhões de pixels irá cobrir cerca de 10 graus quadrados do céu; e, para dar uma ideia disso, é cerca de 40 vezes o tamanho de uma lua cheia. E vamos tirar fotos do céu a cada 15 segundos”, explica.
“Obteremos imagens muito profundas de todo o céu. Mas, quase mais importante, obteremos uma sequência de tempo. Veremos quais estrelas mudaram de brilho e tudo que se moveu pelo céu, como asteroides e cometas.”